Conheça o cenário de Venture Capital no Brasil e como se beneficiar
Conheça o cenário de Venture Capital no Brasil e aproveite as oportunidades de investimento!
As notícias estão mudando. Depois de anos de recessão, aparentemente, o contexto econômico parece estar se encaminhando para um período menos turbulento no que diz respeito a empreendedores brasileiros. Dentre as boas consequências, temos visto o aumento da entrada de Venture Capital no país. A edição 2020 do relatório Doing Business, do World Bank Group, mostra que o Brasil conseguiu 59,1 pontos, índice melhor do que os 58,6 anteriores.Uma série de fatores (como a votação de reformas no Congresso Nacional, a baixa taxa de juros básicos e a diminuição progressiva do risco-país) tem diminuído a desconfiança de investidores. Nesse sentido, as rodadas de investimento vêm aumentando, sendo o momento propício a fim de se preparar para melhores resultados. Neste artigo, vamos explicar melhor como funcionam os Ventures Capitals e como podem ser aquilo que seu negócio provavelmente está buscando.
O que é Venture Capital?
Em poucas palavras, Venture Capital é uma modalidade de aporte feita por Fundos de Investimentos que têm o objetivo de dar um gás a mais em startups com grande potencial de crescimento.Tais investimentos são feitos em troca de frações orçamentárias, ou seja, o fundo compra parte da empresa. Geralmente, são porções minoritárias.Por meio do Venture Capital, as duas partes são beneficiadas. Por um lado, os empreendedores têm a oportunidade de investir no negócio, incrementando o valuation e alcançando maior maturidade operacional. Os investidores, por sua vez, com a valorização da porção orçamentária adquirida, têm retorno financeiro positivo do dinheiro aplicado.
Como obter um Venture Capital?
Esse tipo de investimento é considerado de alto risco pelos analistas. Afinal de contas, não é possível ter garantias completas de que a startup se sairá tão bem, e os valores aportados poderão ultrapassar à casa dos milhões. Por isso, eles dependem de uma observação aprofundada do modelo de negócio.Muitas vezes, os fundos de investimento optam por direcionar o Venture Capital para startups que já realizaram o Produto Viável Mínimo (ou, em inglês Minimum Viable Product), isto é, primeiro lançamento de produto ou serviço que funciona como teste para a empresa.Portanto, para chamar a atenção dos investidores, é preciso fazer o dever de casa. Startups com planejamento bem alinhado, objetivos claros, operacionalização acertada e, claro, perspectivas atraentes de escalabilidade saem na frente.
Maximizando pontos fortes
Com isso na ponta do lápis, é hora de buscar os investidores. De acordo com o investidor Marcelo Wolowski, diretor da Bzplan, “o empreendedor tem que cuidar melhor das métricas de desempenho e entender melhor o quanto custa atrair um cliente”. Ou seja, conhecer profundamente seu negócio, quantificando riscos e sabendo expor as vantagens competitivas que possui.Outra dica de ouro, de acordo com a Academia PME, é saber exatamente o valor que se pretende captar e como ele será investido. Em se tratando de negócios, evite aproximações, deduções e expectativas não mensuradas. Em vez de buscar “entre R$ 5 milhões e R$ 8 milhões”, faça as contas e chegue a um valor exato, bem como a um planejamento detalhado de como o investimento será aplicado, a metas, a taxas e a prazos de retorno.Geralmente, os investidores realizam eventos específicos para negociar Venture Capital. São as chamadas ‘rodadas de investimento’ ou ‘Series’. Há vários tipos de Series, a depender dos participantes e do estágio de evolução das startups à procura de aporte. Variam desde os investimentos-anjo, seed, Series A, Series B, Series C e IPO (entrada na bolsa de valores). Em alguns casos também, as próprias startups podem realizar rodadas de negociação de seus títulos acionários independentemente.O Brasil têm crescido expressivamente no setor. Em 2019, a Fintech brasileira Rebel, por exemplo, conseguiu captar 167 milhões de reais em investimentos feitos pela XP Asset Management, pela Franklin Templeton, dentre outras. Além disso, o mercado tem visto o nascimento de outras startups de destaque, como as unicórnios brasileiras NuBank e 99. Grandes players nacionais como PagSeguro, NetShoes e Banco Inter também realizaram IPO nos últimos anos. Agora em dezembro, a XP Inc acaba de realizar sua abertura na bolsa de valores americana, movimentando ainda mais o setor.Para 2020, a expectativa do Ministério da Economia é a de que o Brasil tenha um crescimento de 2,32%, conforme publicado no Boletim MacroFiscal da Secretaria de Política Econômica. Até o momento, espera-se uma elevação gradual e estável dos indicadores positivos. Portanto, é a hora ideal para planejar a expansão.
Não é só sobre dinheiro
A exigência dos investidores por uma explicação detalhada sobre a finalidade do valor desejado não é por acaso. O Venture Capital é encarado como tipos de investimentos de smart money. Isso significa que, além do investimento financeiro, os empreendedores estão à procura de investidores que possam contribuir intelectualmente, com consultorias, contatos ou mentorias. Frequentemente, quem investe dá preferência a startups e empreendimentos que se relacionem com o background que acumulam. Afinal, assim poderá compreender melhor a viabilidade das ofertas e colaborar com mais eficiência ao longo do tempo.Visando adentrar nesse mercado e aproveitar essas oportunidades, é essencial buscar qualificação e parcerias que agreguem valor. Afinar os ponteiros, passando pelo diagnóstico, pela definição de objetivos, pela correção de rumo e pelo planejamento de expansão é o que vai garantir mais sucesso no momento de caçar alguns tubarões para fortalecer seu negócio. Conheça mais desse tema, lendo nosso artigo “Corporate Venture Capital: Por que as empresas investem em Startups?”