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Foodtechs: como incluir a tecnologia no seu negócio de alimentação

Foodtechs

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Foodtechs são startups que alinham tecnologia com alimentação, buscando ser disruptivas em alguma etapa da cadeia alimentar. O nome é resultado da combinação “food”, ou “alimentos”, e “tech”, de “tecnologia”, ambas em inglês.

A inovação pode estar presente desde a produção, perpassando a distribuição, até mesmo ao alimento final, na mesa do consumidor. Outra possibilidade é trazer alguma solução para essa cadeia, como é o caso da redução de desperdícios e reaproveitamento.Se você está pensando em investir em algo novo ou é do setor de alimentação e está em busca de ideias para inovar, este texto é pra você!

Soluções oferecidas por foodtechs

São inovações para a cadeia de produção e distribuição de alimentos, podendo propiciar uma solução direta, com um produto novo para o consumidor final, ou levar inovações em serviços para as empresas existentes no setor. Isso tem garantido aumento de eficiência em empresas existentes, a oferta de produtos e serviços em nichos ainda pouco explorados e com oportunidades, mais satisfação dos clientes e redução de custos.A existência de foodtechs não deve ser vista como uma concorrência, mas sim como uma fonte de inspiração e até mesmo de fornecedores a fim de fortalecer os negócios existentes. São soluções criativas para os desafios contemporâneos.São exemplos de soluções oferecidas:Alimentos que atendem a uma necessidade específica – veganos, carnes sintéticas ou plant based –, e para pessoas com alguma intolerância ou alergia (glúten, leite, proteína do leite, ovo).

  • Refeições saudáveis e mais naturais.
  • Planos de assinatura e de recorrência de alimentos (entrega mensal de ovos, por exemplo).
  • Alimentação orgânica.
  • Soluções que incentivam o consumo de alimentos originados da agricultura familiar e artesanal.
  • Soluções que apresentam mais praticidade para consumir, como os congelados e os pré-prontos, ou mesmo barras e sachês de proteínas e micronutrientes.
  • A economia de tempo com compras online e entregas em domicílio, por meio de sites, aplicativos ou outras formas de comprar sem sair de casa.
  • Soluções e serviços para a cadeia de alimentar – que podem ir desde sistemas de logística com mais rastreabilidade, a softwares que fazem cruzamento de dados para sugerir um cardápio ou uma compra a aplicativos para reserva de restaurantes.
  • Software para gestão de resíduos e de sobras.

Observe que muitas dessas soluções vão ao encontro das tendências no setor de alimentação, exatamente porque a tecnologia impulsiona a capacidade de resolução das demandas dos consumidores.

Food Techs brasileiras

Para inspirar você ainda mais a usar a tecnologia a seu favor no setor de alimentação, trouxemos alguns exemplos de foodtechs brasileiras. Veja:

  • Liv Up: por meio do site ou do aplicativo, de fácil usabilidade, a foodtech tem a proposta de levar comida saudável, saborosa e de rápido preparo à mesa dos brasileiros. É possível comprar as refeições congeladas e embaladas a vácuo por modalidade. Essas apresentam grande variedade de itens que podem ser comprados em e-commerces e entregues em casa. Além disso, a Liv Up se preocupa com a origem dos alimentos, valorizando agricultores familiares e orgânicos.
  • Raízs: tem como proposta cortar os intermediários da cadeia produtiva e conectar o consumidor final com produtores rurais artesanais e orgânicos. Hoje, apresenta dois modelos de vendas – o de assinatura, em que é possível pagar um valor e receber com recorrência os produtos, e outro que permite compras pontuais. É possível encontrar frutas, legumes, verduras, dentre mais de 2.000 opções de alimentos.
  • Foodz: aposta na praticidade e na alimentação saudável, com shakes que substituem refeições, graças à composição nutricional. É uma alternativa para quem eventualmente acaba “pulando” alguma refeição.
  • Primeira mesa: tem uma proposta de movimentar os horários em que os restaurantes estão mais ociosos, por meio de uma reserva paga, que garante até 50% de desconto ao cliente.
  • Beleaf: comida congelada e 100% vegetal, baseada em plantas. Com a promessa de praticidade e de comida vegana e saborosa, comercializa por meio da internet as refeições.
  • Ambi real food: a startup que cultiva carne em laboratório, reduzindo o impacto ambiental e o sofrimento animal.

Como incluir tecnologia no seu negócio?

Se você já empreende na área de alimentação, vale refletir quais destas tendências podem fazer sentido no seu negócio:Atendimento ao seu cliente: como cardápio digitalizado, totens de autoatendimento e presença nos aplicativos de entrega – pense em formas de a tecnologia reduzir o atrito do cliente até o seu negócio, bem como aumentar a praticidade e o conforto.

  • Assinaturas e recorrência: se você trabalha com itens de primeira necessidade – pães, frutas, verduras, ovos, legumes e carnes –, é viável começar a oferecer planos de assinatura. Por exemplo, todo mês uma pessoa pode ter uma necessidade similar de comprar verduras, ovos ou pães – imagine um modelo de cobrança e entregas com recorrência. Isso ajuda você a ter previsibilidade no fluxo de caixa, gera valor para o seu cliente e fidelizá-lo. Agora use a tecnologia para facilitar as compras e o contato com o cliente, aqui explicamos um pouco mais sobre o modelo.
  • E-commerces e presença digital: aposte na presença digital para conquistar novos clientes e espaço.
  • Procure por softwares e soluções disponíveis no mercado e reflita sobre os benefícios que isso pode trazer no seu dia a dia.

Vale, porém, alguns cuidados na hora de optar por modernizar. Evite comprar uma solução ou um sistema se você não ainda não tem um mapeamento de processos ou não sabe quais os pontos mais relevantes para o seu cliente. O mapeamento de processos vai ajudá-lo a entender os pontos de gargalo e quais os tipos de softwares podem fazer mais sentido visando escalar a operação, reduzir custos ou mesmo gerar valor. Já as pesquisas com clientes possibilitam identificar o que o seu cliente valoriza.Mais importante do que investir em tecnologia, é tomar uma decisão acertada sobre o que priorizar.Agora, se você quer empreender no setor, mas ainda não começou, inicie por um plano de negócios, e leve essas tendências em consideração. Afinal, isso pode contribuir para um retorno mais rápido do investimento e para o sucesso da operação.Independentemente do seu estágio, vale a pena conferir este material com as 5 tendências no setor de foodservice.