SEO significa "Search Engine Optimization" ou Otimização do Mecanismo de Busca. Essa disciplina do Marketing Digital foi criada quando percebemos que o posicionamento na busca, principalmente a do Google, fazia uma diferença enorme no sucesso de um negócio.
Ter práticas fortes de SEO significa gerar tráfego qualificado para o seu site, ou seja, estar presente nas respostas da busca que seus clientes realizam. Dessa forma, é muito importante entender o que seu público pesquisa, quais palavras ele usa e qual é o tipo de conteúdo que ele deseja consumir.
Aplicar esse conhecimento na sua produção de conteúdo e na configuração do seu site significa otimizar para o mecanismo de busca. Aqui, vamos repassar os principais aspectos do SEO, trazendo as informações mais importantes pra você compreender se seu site e sua produção estão alinhados a essa prática.
Mídia paga, social media e outras plataformas on-line podem trazer tráfego ao seu site. No entanto, sabemos que o chamado "tráfego orgânico", gerado pelos mecanismos de busca, é a maneira principal de conduzir um público qualificado para o seu site.
Além disso, os efeitos de um trabalho de SEO bem feito são duradouros. Se você criar uma peça de conteúdo sólida, que conquiste posicionamento na primeira página do Google, o tráfego será gerado durante muito tempo.
Aliás, por falar em primeira página...
Assim, se você quer conquistar esses 18% de cliques, estar na primeira posição é fundamental. O Google ainda facilita a vida de quem busca colocando a página mais útil como "featured" ou "destacada".
Os destaques oferecem a resposta para a pergunta de forma objetiva, algumas vezes destacando imagens que ajudem a entender o conteúdo. Abaixo, geralmente vão aparecer também as "outras pessoas perguntaram", que trazem outros resultados relacionados
Para conquistar um destaque do seu conteúdo, ele deve ajudar o usuário de forma clara e simples, além de ser um texto recente. O próprio mecanismo de busca evolui com o tempo e sabe identificar cada vez melhor o conteúdo mais importante para determinada busca.
A ideia é favorecer sempre quem executa a busca - o usuário. Afinal, se parar de ajudar quem busca de forma eficiente, o Google perderá sua principal função.
A seguir, vamos observar as principais tendências atuais e que denotam as mudanças que devem influenciar as práticas de SEO nos próximos meses e anos.
Confira uma lista com as principais novidades que devem pautar seu trabalho de otimização a partir de agora.
Se quer ser bem visto pelo Google, você precisa seguir as diretrizes da companhia. No momento, muitas dessas diretrizes se preocupam com os sinais EAT, que determinam a qualidade de um conteúdo, segundo o Google.
Expertise: qual é o nível de conhecimento sobre o assunto do autor do texto e do site.
Authoritativeness (autoridade): se o autor e o site são reconhecidos como autoridade no assunto.
Trustworthiness (credibilidade): se o site tem informações seguras e se seu servidor protege os dados dos usuários.
Esses fatores não impactam diretamente a sua posição no mecanismo de busca, mas são usados pelo Google para construir seu algoritmo. Por exemplo: se o site de uma corretora de investimentos publica um artigo sobre diabetes, escrito por uma pessoa que não tem conhecimento sobre o assunto, isso quer dizer que aquele conteúdo não segue os EATs.
Agora, se essa corretora falar sobre quais são os primeiros passos para começar a investir e quem assina é uma pessoa conhecida por falar nesse assunto, ela está seguindo os EATs. Perceba como, ao seguir essas diretrizes, você não estará apenas se preparando para o Google, mas vai provavelmente agradar também seu usuário, que saberá onde procurar quando precisa de informações seguras sobre um assunto.
É possível que, nos próximos anos, teremos um foco maior na resposta a perguntas complexas feitas pelo usuário. Recentemente, o Google anunciou estar trabalhando em uma nova atualização do algoritmo, chamada de MUM (Multitask Unified Model, ou Modelo Multitarefas Unificado). É com isso que ele procura ajudar o usuário a encontrar respostas sem que ele tenha que pesquisar muitos aspectos de um mesmo assunto.
Por exemplo, se você resolveu começar um novo hobby, como patins, vai provavelmente pesquisar:
Em vez de procurar apenas um assunto, você tem que realizar várias buscas separadas. MUM seria então uma atualização de inteligência artificial do algoritmo de pesquisa que entende e até produz linguagem.
Para isso, ele pretende considerar o contexto de uma pergunta, além de avaliar respostas tanto de texto quanto de imagens. Se antes já era fundamental responder às principais questões do seu público, agora é ainda mais imprescindível.
Seu conteúdo deve disponibilizar ao usuário todas as respostas possíveis relacionadas ao tópico. No exemplo acima, o ideal seria construir um conteúdo completo, bem distribuído, a fim de que o usuário possa navegar por ele, sempre com imagens para ajudar.
O Google reforça, cada vez mais, sua preocupação com a experiência do usuário. O que antes era apenas PageSpeed (mais informações sobre este assunto aqui) , o que continua sendo importante, inclui agora outros aspectos.
As Core Web Vitais são métricas relacionadas à experiência do usuário que podem afetar o ranking de um site e se dedicam a avaliar a lentidão de um site e sua eficiência em entregar conteúdo.
Mede a rapidez com que as partes do conteúdo carregam no seu site.
Mede a rapidez com que uma página processa uma interação realizada pelo usuário.
Indica o tempo necessário para a maior parte do conteúdo carregar e aparecer para o visitante.
Afere o número de mudanças de layout que ocorrem no website sem interação do usuário.
Tudo isso pode ser medido no seu site utilizando a ferramenta Google Lighthouse
Basicamente, se você entra em um site e ele demora a carregar, ou se você vê uma imagem que depois é jogada para baixo porque outra parte carregou em cima, as Core Web Vitais não vão bem.
Agora que descobrimos as principais tendências, vamos esclarecer as técnicas das quais você deve lançar mão se quiser ter um site otimizado para SEO.
Não é exatamente uma nova tendência, mas é preciso reiterar o foco no usuário sempre que possível. A cada ano, vemos mudanças significantes acontecendo na audiência, especialmente após 2020.
Isso significa que práticas bastante difundidas, como colocar meta descrição em todas as páginas ou criar URLs otimizadas, apesar de ainda serem importantes, tornam-se menos relevantes com algoritmos cada vez mais elaborados.
O que deve estar no centro do pensamento de SEO é o usuário e o que ele busca em sua pesquisa. O único jeito de fazer isso é observando quais são os termos utilizados pelo seu público na busca pelo seu mercado, produto ou empresa. Com base nisso, seu conteúdo será criado com a intenção de favorecer esses usuários. Algumas dicas:
Seu copywriting deve falar mais sobre as necessidades do cliente e menos sobre seus produtos ou sua empresa.
Faça com que seu site seja competitivo tecnicamente, com carregamento rápido e boa experiência do usuário.
Não exija que as pessoas se esforcem demais para encontrar o seu conteúdo. É recomendado que pop-ups e registros forçados sejam aplicados com parcimônia.
Analise quais palavras-chave levam até o seu site e quais poderiam levar. Crie seus textos com base nas intenções de busca do usuário.
Otimize informações para a pesquisa de voz. Confira aqui as informações que você precisa para isso
SERPs é o termo que utilizamos para designar os resultados de busca do Google, cuja sigla significa "Search Engine Result Pages" ou "Páginas de Resultado do Mecanismo de Busca".
Essa tendência envolve as SERPs. A ideia é que o Google entenda melhor quem é a sua marca e o que a sua empresa oferece. Isso significa aplicar o branding em todos os pontos de contato da marca, principalmente naqueles que aparecem nos resultados de busca.
Veja esse exemplo do banco digital Inter. A SERP (reconhecida pela palava chave "banco inter") começa bem, mas se perde ao colocar o endereço, porque nem sempre isso é de interesse de quem possui uma conta exclusivamente digital.
Já as Lojas Americanas mantêm uma descrição consistente, que fala sobre os preços e os produtos.
Unifique sua presença digital e imprima a sua marca em tudo o que possa aparecer no Google. Incluindo as redes sociais e as imagens de blog, por exemplo. Pense: o resultado de busca reflete a sua marca em todas as informações que entrega?
Veja como funciona o SEO dentro do Youtube.Veja, por exemplo, o caso do Google Discover. Ele não mostra conteúdo com base em palavras chave, mas sim por meio do comportamento do usuário. Aqui, o mais importante é entregar um conteúdo que seja de interesse para ele e ainda reforce a sua marca.
Veja a diferença entre essas duas SERPs. Uma não permite que seja visualizado o restante do título, e a outra, ao contrário, instiga o usuário e deixa-o entender tudo o que o conteúdo traz.
Por exemplo, se você cria um conteúdo sobre as melhores padarias da cidade, ele será, provavelmente, mais acessado por quem está com o smartphone em mãos, podendo até mesmo estar na rua em busca de um bom estabelecimento.
Dessa forma, o título deve "caber" na tela, o carregamento deve ser o mais rápido possível e você deve agilizar uma resposta a essa questão de forma simples e prática.
Além disso, o design deve ser simples, e o conteúdo, fácil de ser visualizado. Procure pensar: se fosse você quem estivesse procurando por aquela informação em um smartphone ou tablet você se sentiria confortável em navegar.
Vale também olhar para os acessos do seu site via desktop ou mobile. Se o desktop for prioritário, antes de pensar que não precisa investir em mobile, reflita: as pessoas não entram pelos dispositivos móveis porque não querem ou porque não conseguem? Possivelmente, não é inteligente ignorar a otimização mobile, mesmo que os acessos não sejam muito representativos.
Veja aqui outras técnicas de SEO nas quais você deve ficar de olho em 2022.Agora que descobrimos as principais tendências, vamos esclarecer as técnicas das quais você deve lançar mão se quiser ter um site otimizado para SEO.
Vamos agora colocar a mão na massa: as técnicas que você deve aprender e aplicar a fim de otimizar para SEO.
O Google sabe desvendar a qualidade dos sites e evita dirigir seus usuários a eles. Assim, resolva os problemas de velocidade indicados no PageSpeed, avalie o que pode fazer para alcançar bons números nas Core Web Vitais e contrate profissionais qualificados de web design e tenha um visual que passe confiança ao usuário.
Frases curtas, parágrafos reduzidos, bullet points, imagens, infográficos, índices de navegação, bom contraste entre fundo e fonte, enfim, um layout de texto que tenha respiras, títulos e subtítulos. Use todos esses recursos para uma leitura agradável.
Quer saber como funciona um mecanismo de busca? Então, primeiro dê um passo atrás e entenda como as pessoas decidem fazer suas buscas.
É aquela que você faz por meio de um site específico (como "Facebook" ou "Rock Content").
Essa é a que acontece quando o usuário está atrás de uma informação bem específica (do tipo "como fazer um bolo de chocolate" ou "como consertar uma tomada").
Aqui como o nome sugere, a busca é feita por meio de algo que possa levar a uma transação na web (por exemplo: "comprar iPhone 6" ou "enviar encomenda pelo correio").
Assim, você vai oferecer o mais importante no início, satisfazendo a necessidade do usuário mais rapidamente.
Se puder, invista em ferramentas de análise, como o CrazyEgg (comportamento do usuário) SEMRush (SEO) e Hotjar (mapas de calor).
O layout do site Medium é um bom indicador de texto com leitura agradável.
A Mídia Programática não é um espaço de mídia em si, mas um software que permite distribuir anúncios em sites que abrem esse espaço.
Antigamente, comprava-se mídia na internet negociando com donos de sites diretamente. Assim, se você vendia cosméticos, por exemplo, podia firmar um acordo com um blog sobre cabelos para manter um banner seu lá. Com a Mídia Programática, esse processo se automatizou.
Foque em clusters de tópicos em vez de palavras-chave soltas. Se você deseja falar de Social Media, por exemplo, vale criar vários conteúdos em torno do assunto, um com foco em criação de conteúdo, outro em imagens, outro em anúncios, por exemplo. Não apenas um texto com a palavra-chave "Social Media". É isso que vai favorecer a intenção de busca sobre a qual comentamos acima.
Faça uma boa pesquisa de palavras-chave. Utilize ferramentas como o KeyWord Planner (gratuito) ou SEMRush (pago). Explore os termos quelevem até as suas páginas e as de seus concorrentes. Construa uma pesquisa sólida e que junte os temas em clusters com palavras-chave otimizadas.
Invista em conteúdos longos (mas sem enrolação). Um estudo feito pela agência de SEO Backlinko concluiu que conteúdos longos tendem a gerar mais tráfego e ter bom posicionamento. No entanto, se o assunto do qual você trata não requer 2.000 palavras ou mais, não caia na enrolação.
Conforme os preceitos do SEO mudam, seu conteúdo fica defasado. Revisitá-lo e refrescar as informações, incluindo novos pontos de vista, é fundamental.
Otimize imagens, URLs e metadescrição. Apesar de não serem tão essenciais quanto antes, se puder, faça. A palavra-chave principal do texto deve estar presente no alt das imagens, na URL e na descrição. Se você utiliza WordPress, um plugin como Voast. vai ajudar na tarefa.
Entender quem lê o seu conteúdo e o que esse possível cliente espera da sua empresa é fundamental para a otimização de SEO. Para isso, é preciso analisar seu público e definir um perfil (ou persona) que o represente.
Dica extra: Cuidado com a prática de "black hat". SEO significa otimização, e não manipulação. A prática de criar conteúdos com o único propósito de posicionamento, enchendo o texto de palavras-chave sem significado, será punida pelo Google.