Mulheres empreendedoras nas carreiras STEM e STEAM: exemplos, iniciativas e incentivos
Vamos ver agora o que são as carreiras STEM e como as mulheres podem crescer dentro desse campo tão promissor do conhecimento.
Por mais que as mulheres tenham avançado na conquista por direitos e pela igualdade de gênero, ainda existem grandes lacunas a serem preenchidas. Um bom exemplo disso é o mercado de trabalho.Para se ter uma ideia, vamos a estatísticas da posição da mulher em cargos de liderança no mercado. Apesar de terem mais anos de estudo no currículo, profissionais mulheres ocupam 37,4% dos cargos gerenciais e chegam a receber apenas 77,7% do rendimento dos homens, segundo a pesquisa “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgada pelo IBGE em 2019.Os motivos que levam a essa desigualdade evidente são vários. As mulheres também acrescentam à sua rotina os trabalhos domésticos e enfrentam barreiras específicas simplesmente por questões de gênero no mercado de trabalho. Em relação às mulheres empreendedoras nas carreiras STEM, as barreiras parecem ser ainda maiores. Vamos ver agora o que são as carreiras STEM e como as mulheres podem crescer dentro desse campo tão promissor do conhecimento.
O que são carreiras STEM?
A sigla STEM vem do inglês (Science, Technology, Engineering and Mathematics) e representa carreiras das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.Essas áreas têm muito em comum no campo acadêmico, assim como também são marcadas por uma característica negativa: o baixo número de mulheres presentes no trabalho.Segundo a UNESCO, a estimativa é que apenas 30% dos cientistas do mundo sejam do gênero feminino. Do total de estudantes matriculados em cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática, somente 35% são mulheres. Ainda de acordo com a UNESCO, embora existam poucos dados acerca das disparidades entre homens e mulheres cientistas nessas áreas por país ou em nível internacional, vários estudos realizados entre cientistas nesses campos de conhecimento mostram outra tendência negativa: as mulheres recebem menos por suas pesquisas e não progridem em sua carreira na mesma velocidade do que os homens no mesmo campo de atuação.Existe também a variação STEAM, ou seja, uma atualização da sigla que engloba o campo de Artes. Assim, entram também as carreiras em áreas como Arquitetura e Design.
Mulheres empreendedoras e lucratividade
A pauta da presença de mulheres em áreas dominadas por homens, assim como a igualdade de gênero no mercado de trabalho, de forma geral, não é apenas sobre justiça social.Na verdade, a presença de mulheres empreendedoras ainda aumenta a lucratividade das empresas.O que evidencia essa tendência é um estudo da McKinsey, que mostra que as empresas diversas em gênero apresentam um Ebit (lucro antes de juros e impostos) 53% acima da média de seus pares. No Brasil, empresas com mulheres em cargos executivos têm ainda 58% de probabilidade de alcançar resultados financeiros acima da média das companhias que não contam com elas em posições de liderança.E, quando a diversidade de gênero é percebida pelos colaboradores, a organização tem 26% mais chances de alcançar uma performance financeira superior à das concorrentes não diversas.
Iniciativas e projetos para mulheres
A fim de aumentar a presença e a capacitação de mulheres nas carreiras STEM, algumas iniciativas surgiram em Minas, no Brasil e no mundo. Confira algumas delas e veja como as mulheres empreendedoras podem contar com cada uma na sua formação:
Instituto Feminino de Engenharia
O Instituto Feminino de Engenharia (IFE) é a primeira entidade de classe formada por mulheres das áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências. A associação tem como inspiração o protagonismo feminino na transformação e na evolução da qualidade de vida por meio dos cinco pilares: igualdade, engenharia, políticas públicas, tecnologia e inovação.Na prática, o IFE promove eventos e iniciativas sociais que levam à humanização e à amorosidade dos profissionais da Engenharia para a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária. Conheça a atuação do IFE!
Woman’s Code
Já não é surpresa que as empresas brasileiras estejam passando por um grande processo de transformação digital. Nesse cenário, vemos crescer constantemente a demanda por profissionais que contribuem com esse processo. E o melhor exemplo é a pessoa programadora.A Woman's Code é uma rede de apoio para mulheres das áreas de Tecnologia, especialmente as que trabalham ou querem trabalhar com Programação. Formada por três jovens mulheres empreendedoras, a Woman’s Code tem por objetivo promover eventos, vagas e mentorias para quem se interessar em ingressar e ter sucesso na área. Saiba mais sobre o Woman’s Code.
Minas Programando
O projeto Minas Programando é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, cujo objetivo envolve ofertar vagas em cursos de qualificação profissional na área de Tecnologia da Informação (TI) para a população mineira. Em 2021, foi aberta a primeira turma do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) de Programador Web, voltada exclusivamente a mulheres.
Projeto Vai, Meninas!
O projeto Vai, Meninas é uma iniciativa que busca progredir na inclusão de mulheres nas áreas de Ciências Exatas e Tecnologia. O projeto é desenvolvido pelas professoras da área de Computação e Metalurgia do Instituto Federal de Minas Gerais – Campus Ouro Branco.Na prática, o Vai, Meninas promove encontros virtuais para discutir questões relacionadas ao empoderamento feminino, à sororidade e aos desafios enfrentados pelas mulheres em sua carreira profissional nas áreas de Tecnologia e Engenharia. Além disso, o projeto promove a troca de conhecimento e até a divulgação de vagas de trabalho para mulheres. Conheça mais e acompanhe o projeto no Instagram.Quer aprender mais a respeito de iniciativas e inspiração para mulheres empreendedoras? Então leia também o nosso e-book “Empreendedorismo feminino: incentivos e inspirações”. Acesse gratuitamente e confira aqui!