Open Banking: o que é e como pode mudar a rotina da sua empresa
Neste artigo, vamos explicar o que é Open Banking e mostrar os impactos da novidade tanto para os consumidores quanto para quem empreende no Brasil.
A inovação vem permeando o setor bancário. Depois do Pix, lançado em 2020, é a vez de outra novidade: Open Banking. A tecnologia vai permitir o compartilhamento de dados financeiros entre as instituições depois da autorização do cliente.
Na prática, o consumidor vai passar a ter mais autonomia sobre as próprias informações monetárias e poderá escolher serviços ainda mais vantajosos para sua realidade. Em relação aos pequenos e médios negócios, também vai haver mudanças positivas.
Neste artigo, vamos explicar o que é Open Banking e mostrar os impactos da novidade tanto para os consumidores quanto para quem empreende no Brasil. Confira!
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O que é Open Banking
O Open Banking é um sistema financeiro que vai transformar o mercado monetário. Com a tecnologia, os consumidores podem permitir o compartilhamento do próprio histórico de dados entre as instituições financeiras e acessar melhores ofertas e serviços financeiros.
Trata-se de uma iniciativa do Banco Central do Brasil, visando trazer inovação e estimular a concorrência no setor. E quem ganha são os consumidores, já que cabe a eles decidir quando e com qual instituição desejam compartilhar os próprios dados.
Assim, grandes bancos são obrigados a dividir as informações de um cliente com instituições menores e disruptivas, que costumam oferecer condições de juros melhores. Então, o consumidor está apto a escolher a melhor solução com autonomia, transparência e sem a burocracia de criar uma conta, a fim de ter acesso aos serviços de determinada instituição.
O que muda com o Open Banking
Como dissemos, o Open Banking chega para estimular a concorrência no mercado. Veja um exemplo de como a tecnologia revoluciona a forma como as transações são realizadas hoje em dia:
João tem conta no Banco A e contratou um empréstimo com juros de 30% ao ano. Sempre foi bom pagador e tem quitado as parcelas em dia. Após João autorizar o compartilhamento do seu histórico, o Banco A vai ser obrigado a dividir todos esses dados com outras instituições.
A instituição B pode, então, visualizar as informações e perceber que aquele é um bom cliente, com credibilidade no mercado. Assim, decide oferecer melhores condições de empréstimo para João. Já a instituição C disponibiliza uma linha de crédito específica para atender às necessidades do potencial cliente. Para João, são mais opções de serviço, com muito menos burocracia e mais agilidade. Agora ele pode analisar, comparar as ofertas e decidir com base na sua realidade financeira.
Essa e outras situações vão, a partir de agora, ser possíveis, isto é, o Open Banking trará muitas vantagens ao consumidor. Conheça alguma delas:
Mais concorrência
Os dados compartilhados vão trazer mais transparência às transações financeiras. As instituições vão poder acessar informações de cada cliente e avaliar a possibilidade de oferta de serviços melhores e mais baratos.
Mais ofertas de serviços
Com maior concorrência, as instituições financeiras vão precisar investir na experiência do cliente. Se antes as empresas estavam acostumadas a dominar o mercado por toda a burocracia envolvida na contratação de crédito, isso vai mudar. Fintechs e bancos menores vão poder acessar as informações antes restritas a uma instituição e oferecer condições personalizadas para todo tipo de cliente.
Mais autonomia para o cliente
Em vez de ter as informações espalhadas em sistemas diferentes, os consumidores acessam os próprios dados em um lugar só e podem decidir o que desejam fazer com eles. Conseguem ainda coletar ofertas e comparar serviços por meio de uma plataforma unificada.
É o poder de controle de volta nas mãos do consumidor. Com o Open Banking, cabe a ele escolher quando e com qual instituição deseja compartilhar seu histórico de transações.
Mais segurança e privacidade
As informações bancárias só podem ser compartilhadas posteriormente à autorização expressa do cliente. É um processo completamente digital, feito em um ambiente seguro e regulamentado pelo Banco Central do Brasil.
Como o Open Banking pode ajudar pequenos negócios
Quem empreende também se beneficia do Open Banking. O compartilhamento das informações permite principalmente que as instituições financeiras ofereçam melhores condições de crédito para micro, pequenas e médias empresas.
Conheça as vantagens:
Consulta ao histórico financeiro é unificada
Com o Open Banking, todas as informações de um cliente ficam reunidas em um só local, independentemente da instituição financeira e de onde ela foi gerada. A transparência no acesso à informação, com certeza, reduz a burocracia para a aprovação de linhas de crédito ao empreendedorismo.
Condições personalizadas de negociação
O acesso aos dados financeiros permite que os bancos personalizem ofertas de acordo com o perfil e o histórico do cliente. Tal cenário deve reduzir o valor das taxas de juros, bem como trazer mais rapidez às transações bancárias.
Acesso facilitado às linhas de crédito
Em vez de ter de cumprir as exigências de cada banco, como abrir conta ou reunir comprovação de renda, o empreendedor pode apenas compartilhar seus dados com a instituição financeira desejada, a fim de obter acesso aos seus serviços e produtos.
Mais um ponto positivo do Open Banking para estímulo ao desenvolvimento dos pequenos e médios negócios. Geralmente, esse perfil de consumidor encontra barreiras ao acesso às linhas de crédito em grandes bancos. O que deve mudar com a chegada dessa tecnologia.
Open Banking é mais uma revolução no setor bancário. Depois do Pix, que trouxe mais agilidade às transações entre os bancos, a tecnologia chega para estimular a concorrência, melhorar a experiência do consumidor e democratizar o acesso a melhores condições de juros.
Quem empreende também se beneficia, uma vez que consegue acessar linhas de crédito para abrir o próprio negócio, expandir ou inovar. Com o passar do tempo, a tendência é que comecem a surgir outros produtos e serviços ainda mais competitivos que atendam às reais demandas do consumidor, sem a burocracia costumeira dos bancos tradicionais.
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